sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Em 2008 morreram 68 jornalistas, aponta relatório da WAN
Só desde Junho, revela o relatório da WAN, registaram-se 39 mortes entre os jornalistas.Mas, apesar do protagonismo, pela negativa, da Ásia, o México surge como um dos países mais perigosos do mundo para exercer a actividade de jornalista, com 23 mortos desde 2000 e sete desaparecidos desde 2005, essencialmente às maõs dos cartéis de droga.
Se na América Latina a WAN aponta o dedo aos barões da droga, na Europa são as máfias italianas que são encaradas como uma das principais ameaças ao livre desempenho do jornalismo e à liberdade de expressão, alguns dos quais se encontram sob protecção policial, recordando o caso do italiano Roberto Saviano, jornalista e autor do livro "Gomorra".
Violência contra os media em Espanha, Bulgária e Bósnia e ainda pressões judiciais em frança e Reino Unido são ainda apontadas pelo documento.
Janaina Cortez
Jornalista
Mtb: 52.119/SP
e-mail: janainacortez@gmail.com
RSF pede libertação de jornalista que jogou sapatos em Bush
"Evidentemente, lamentamos que o jornalista tenha utilizado esse procedimento para protestar contra a política do presidente americano. Mas, por razões humanitárias e para amenizar as tensões, pedimos a liberdade de Muntazer al-Ziadi, que está há dois dias detido pelas autoridades iraquianas", indica a RSF em comunicado.
A organização diz ainda que solicitou "aos serviços de segurança iraquianos que garantam a integridade física do jornalista, que visivelmente se feriu durante a detenção".
Procurado pela RSF, o responsável de operações do Ministério do Interior iraquiano, Abdel Karim Khalaf, explicou que o repórter foi detido em "flagrante delito" de "ofensa a um chefe de Estado estrangeiro" e que pode ser condenado a até sete anos de prisão.
Segundo esse membro do ministério, o jornalista não sofreu maus tratos. EFE
Entidades apelam a perdão de jornalista
Foi durante uma conferência de imprensa dada em Bagdad pelo presidente norte-americano e o chefe do governo do Iraque. Um jornalista atirou os sapatos contra eles, chamando-lhes cachorros. O jornalista foi detido e deverá agora ser julgado. Mas o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Iraque pediu ao governo e ao primeiro-ministro que perdoem o jornalista.
A generalidade dos observadores tem referido por outro lado a notável pontaria do jornalista iraquiano, que só não errou o alvo devido aos reflexos demonstrados por George W. Bush.
Janaina Cortez
Jornalista
Mtb: 52.119/SP
e-mail: janainacortez@gmail.com
Jornalista que atirou sapato é espancado na prisão, diz irmão
Fonte: Estadão
Janaina Cortez
Jornalista
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terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Dossiê reúne denúncias de organizações sobre violações de direitos humanos na TV
Já se tornou rotina a profusão de baixaria e sensacionalismo nas programações das emissoras de TV brasileiras, tão ávidas por audiência que argumento nenhum parece lhes convencer de que todos os limites já foram ultrapassados. Ainda mais melancólica é a impunidade que fomenta esse insistente desrespeito aos direitos humanos e às obrigações legais de suas concessões públicas. Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos, movimentos sociais e organizações ligadas à área da comunicação tem, entretanto, mostrado que a sociedade brasileira não está apática diante desta realidade e vêm aumentando o número de denúncias destes abusos.
Um bom apanhado de casos de violações a direitos fundamentais encontra-se agora em um recém-produzido documento preparado pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social com base em denúncias reunidas por diversas entidades, algumas delas protocoladas na Justiça. O dossiê foi apresentado durante audiência pública na Câmara dos Deputados no último dia 27 de novembro, que discutiu a renovação das concessões vencidas em 2007 – cinco das Organizações Globo e as “cabeças” das redes Record e Bandeirantes. Por esse motivo, apenas as denúncias de abusos das três emissoras constam no relatório, que poderia dedicar, ainda, merecido espaço para SBT, RedeTV!, entre outras que não se furtaram à barbárie nos últimos anos.
“O capítulo que trata das denúncias de violação de direitos humanos no conteúdo das programações é resultado de um trabalho que vem sendo feito de forma cada vez mais organizada e sistemática por diferentes organizações da sociedade civil, com destaque para a Campanha Quem Financia a Baixaria É Contra a Cidadania”, conta Bia Barbosa, do Intervozes. Respaldado por uma série de entidades da sociedade civil, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), o Conselho Federal de Psicologia (CFP) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a iniciativa traz uma importante contribuição à discussão sobre controle social da mídia.
Ainda rechaçadas pelo empresariado de comunicação brasileiro como tentativas de “censura”, as ações de controle social do uso das concessões de TV ainda constituem um avanço tímido diante do laissez-faire instalado na República. Mas as experiências relatadas no dossiê e a própria realização da audiência de novembro na Câmara devem ser comemoradas.
“Esse é um marco da radiodifusão brasileira”, diz Laurindo Lalo Leal Filho, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP e ouvidor da TV Brasil, avaliando a experiência da audiência pública. “Até hoje não havia ocorrido nenhuma ação institucional que mudasse a forma como são outorgadas as concessões no Brasil, tradicionalmente feitas de maneira burocrática. É um passo ainda pequeno, mas significativo.
Preconceito, violência, baixaria...
“Há um consenso entre as entidades em relação ao papel que as emissoras de TV poderiam desempenhar para promover os direitos humanos”, conta Bia Barbosa, do Intervozes. “A realidade, no entanto, mostra que os canais de TV, ao contrário, são fontes de violação e estímulo ao preconceito, legitimando e perpetuando discriminações já presentes em nossa sociedade.
”Uma breve leitura do dossiê demonstra a variedade de temas presentes nas denúncias e o retrato caótico da TV brasileira dos anos 2000. Entre elas, discriminação religiosa, homofobia, machismo, racismo e banalização da violência saltam aos olhos de maneira pouco contestável. As denúncias demonstram afrontas à Constituição Federal, ao Estatuto da Criança e do Adolescente e até tratados internacionais de direitos humanos.
Boa parte é alvo de Ações Civis Públicas movidas pelo Ministério Público Federal, em geral a partir de provocações apresentadas por organizações sociais. As ACPs tornaram-se um dos principais mecanismos de exercício do controle social, tratando de temas cada vez mais diversos, como os reunido no dossiê e que vão da exploração da degradação humana em programas como o “Hora da Verdade”, da Bandeirantes, à ridicularização de homossexuais em atrações como o “Zorra Total”, da Globo.
Em outros tantos casos, a possibilidade das violações tornarem-se ações judiciais ainda não foi explorada pelos cidadãos e cidadãs. Nestes, o exercício do controle social tem se dado pela divulgação à sociedade de casos extremos. Exemplo relatado no dossiê é a prática sistemática das emissoras de criminalização de movimentos sociais, sobretudo em relação ao MST. Em julho deste ano, o “Jornal da Noite”, da Bandeirantes, veiculou uma série de cinco programas sobre o movimento, em um contexto que incluía a crise do governo Yeda Crusius (PSDB) e a iniciativa do Ministério Público do estado em propor a dissolução do MST. Denúncias sem fundamento, provas forjadas, testemunhas suspeitas e nenhuma entrevista com membros do movimento fizeram parte do enredo criado pelo telejornal de Boris Casoy.
Controle social x Censura
Sempre que uma emissora extrapola os limites do aceitável, o debate sobre controle público das concessões de rádio e TV ganha novo capítulo. Fernando de Almeida Martins, procurador da República em Minas Gerais, conta que a ação mais recente promovida por ele estava relacionada à veiculação de conteúdo erotizado em horário impróprio no caso da “dança do poste” da personagem Alzira (Flávia Alessandra), na novela “Duas Caras”. “As cenas foram veiculadas em horário impróprio e depois a Globo ainda reprisou no programa da Ana Maria Braga. Então entramos com uma nova ação cobrando o dobro”, conta.
As emissoras, por sua vez, tentam bloquear o avanço do debate tachando as ações judiciais e as tentativas de regulação dos conteúdos impróprios de “tentativa de censura”. Um argumento que ganha cara de ponto final, sobretudo em um país que ainda se ressente de seu passado autoritário. A sociedade tem respondido subindo o tom. “Ora, se a prática do racismo, por exemplo, é considerada crime no Brasil e há programas de TV que incitam ao racismo, por que os responsáveis por tal conteúdo não são considerados criminosos?”, questiona Bia Barbosa.
Caso Eloá
Nas últimas semanas, mais uma vez uma emissora vale-se da retórica da “liberdade de expressão” e da “volta da censura” para se abster de qualquer responsabilidade social com o que veicula. Trata-se da cobertura do seqüestro de Santo André, quando a RedeTV! entrevistou ao vivo a adolescente Eloá Cristina Pimentel e seu ex-namorado Lindemberg Alves, que mantinha ela e uma amiga reféns. Aconteceu no programa “A Tarde é Sua”, apresentado por Sônia Abrão. Sem mais, a emissora interferiu num crime em pleno andamento. O final da história é conhecido.
“A RedeTV! teve uma atuação que extrapola os deveres que ela assumiu enquanto concessão pública. Quando ela interveio numa ação criminal, ela extrapolou os limites da legalidade constitucional”, afirma Lalo. Diante da repercussão, o MPF entrou com uma Ação Civil Pública cobrando indenização de R$ 1,5 milhão por danos morais coletivos.
A emissora, em nota, disse que “defenderá sempre a liberdade de expressão e o não cerceamento do direito do jornalismo informar os telespectadores considerando, portanto, essa iniciativa do Ministério Público Federal, uma forma velada de censura”. Curiosamente, a RedeTV! negou-se a responder a esta reportagem e a “informar” o que pretendia ao entrevistar um criminoso em pleno ilícito e uma menor de idade.
“A notícia diz respeito aos atores do processo, o cenário e sua relevância para a comunidade. Quando a emissora pega esses dados é começa a explorá-los de maneira emocional, a transformar agentes em personagens dramatizados, está deixando de lado a informação e indo para o sensacionalismo” diz Lalo. “Informação não pode se tornar um elemento da ação, não pode intervir, esse é o limite da informação.”
Bia Barbosa lembra que todos os tratados e convenções internacionais afirmam que a liberdade de expressão não pode ser considerada absoluta se outro direito também estiver em jogo. “No caso, estamos falando da dignidade humana, que não pode ser desrespeitada em nome da liberdade que empresas comerciais reivindicam em nome da audiência e do lucro que pretendem obter ao veicular tais conteúdos.”
Concessões públicas
Ao mesmo tempo que demonstra a insatisfação da sociedade civil organizada com o conteúdo televisivo, o dossiê elaborado pelo Intervozes é uma tentativa de interferir no processo de renovação das concessões. “As concessões sempre foram tratadas como algo que diz respeito à empresa e não a sociedade. E como o Estado sempre esteve submisso, esse processo era público apenas formalmente, pois na prática era algo privado”, diz Lalo.
O documento reforça a idéia, amadurecida aos poucos pela ação de diversas organizações, de que as violações de direitos humanos precisam constar como critério de avaliação permanente do uso das concessões públicas de radiodifusão. “O que precisamos garantir agora é que, no caso de desrespeito, estas violações sejam punidas imediatamente”, insiste Bia. “Isso precisa ser assumido pelo Ministério das Comunicações, que tem o dever de fiscalizar os conteúdos veiculados, e também pelo Congresso Nacional, que opina no momento da renovação das concessões.”
Fonte: Observatório do Direito à Comunicação
Janaina Cortez
Jornalista
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Assembléia revoga “lei da mordaça” para funcionalismo de SP
A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou projeto que revoga o artigo 242 do Estatuto dos Funcionários Públicos, que proíbe o funcionário de “referir-se depreciativamente, em informação, parecer ou despacho, ou pela imprensa, ou qualquer meio de divulgação, às autoridades constituídas e aos atos da Administração”. A permanência do artigo na lei, editada em 1968, era considerada inconstitucional por diversos juristas e, no último ano, foram denunciados diversos episódios de uso do estatuto para constranger funcionários, em especial os professores da rede estadual.
O projeto que revoga a “mordaça” foi apresentado pelo deputado estadual Roberto Felício (PT) e aprovado no dia 10. Agora, segue para sanção do governador José Serra (PSDB).
“Não poderíamos ter sido brindados com melhor presente no dia da celebração dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”, afirma Paula Martins, coordenadora do escritório brasileiro da Artigo XIX, organização internacional que trabalha pela garantia da liberdade de expressão. Segundo ela, é muito difícil que o governador volte atrás e não sancione a lei aprovada pela Assembléia. Ela lembra que até mesmo a secretária de Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, já apoiou publicamente a revogação do artigo 242.
Os professores foram a categoria que registrou o maior número de denúncias de abuso no uso do Estatuto do Funcionário Público. Os casos foram tantos que a Artigo XIX, a ONG Ação Educativa e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) lançaram uma campanha pela revogação do artigo sob o mote “Fala, Educador! Fala, Educadora!”.
Para Carlos Ramiro, da Apeoesp, a aprovação do projeto é uma importante vitória. “Espero que seja o início de uma democratização mais ampla na liberdade de expressão dos professores”, afirmou.
Paula Martins acredita que, para garantir que a lei não seja vetada, será preciso incluir outros setores do funcionalismo na mobilização.
Para Mariângela Graciano, coordenadora do Observatório da Educação da Ação Educativa, a derrubada da “mordaça” na legislação paulista é um primeiro passo para também se derrubar leis semelhantes em outros 17 estados da federação.
* Com informações da Assessoria de Imprensa da Ação Educativa.
Fonte: Redação - Observatório do Direito à Comunicação
Janaina Cortez
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quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Curso de Comunicação Interna em SP
O Curso de Comunicação Interna tem o objetivo de analisar o que é comunicação interna e sua importância para o resultado do trabalho, produtividade e construção de uma imagem empresarial forte.
Entre os pontos abordados estarão a importância da comunicação (interna e externa); comunicação como gestão estratégica; o papel dos diretores, gerentes e lideranças na condução da comunicação; como passar informações para as equipes, etc.
o curso será ministrado por Flávio Schmidt em período integral, das 9h às 17h30, com intervalo para almoço, na sede da Mega Brasil, localizada na rua Domingos Morais, 1026, cj 2, São Paulo. As inscrições custam R$ 280 e devem ser feitas através do site da Mega Brasil. As vagas são limitadas (máximo de 25).
Informações com Valéria ou Cristina pelo telefone (11) 5573.3627 ou pelo e-mail eventos@megabrasil.com.br.
Fonte: ABRACOM
Janaina Cortez
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008
Sucesso é igual a uma boa comunicação
Com a informação mais acessível a todos, o sucesso de muitas empresas vêm se atrelando a comunicação. Não apenas na publicidade, mas também a tudo que se refere a relacionamentos, sejam com fornecedores, com colaboradores ou comunidades. A abertura da economia e legislação nas áreas do consumidor e ambiental têm exigido das empresas uma mudança de perfil no sentido do tratamento da comunicação. Quando o mercado muda, passa a exigir um profissional preparado para atender suas demandas. Por isso, a Comunicação Empresarial ou Coorporativa se apresenta como um novo e promissor segmento de carreira.
Os dados divulgados pela Associação Brasileira das Agências de Comunicação (Abracom) comprovam a expansão do mercado. Atualmente, existem cerca de 1.200 agências operando no país, com 13 mil profissionais. O mercado na Região Nordeste é um dos que mais cresce, com cerca de 150 empresas, sendo a maioria concentrada em Pernambuco e na Bahia. A expectativa é de que, em cinco anos, o número de especialistas em Comunicação Corporativa chegue a quase 20 mil.
Apesar de promissor, de acordo com o secretário-executivo da Abracom, Carlos Henrique Carvalho, faltam profissionais qualificados. "Hoje, para cuidar da comunicação de uma empresa não basta escrever um bom release, é preciso planejar todo o processo, ter conhecimento em gestão de negócios", detalha. Isso porque este profissional cuida da imagem da empresa, dos seus executivos, da comunicação com os funcionários e com a sociedade (público, mídia).
Outra questão destacada por Carvalho é a postura das empresas nacionais quanto à importância da comunicação. "Para as de médio porte, por exemplo, a comunicação se resume a publicidade. Os gestores têm que entender o que a Comunicação Corporativa oferece", completou, lembrando ainda que, no caso das multinacionais, as políticas de comunicação são bem definidas. "Embora as estabelecidas no país, nem sempre tinham a prática alinhada com a matriz." A comunicação interna, um dos segmentos que mais cresce, comprometendo 9% do faturamento das empresas, é mais um indicador dessas mudanças. "O mercado da Comunicação Corporativa é excelente, com muitas possibilidades e oportunidades."
Embora comunicadores (jornalistas, publicitários e relações públicas) ocupem a maior fatia do mercado e, junto com os administradores, exerçam a maior procura pela especialização, qualquer profissional com interesse no assunto pode aproveitar a oportunidade. "É uma área muita aberta, uma atividade rica que não merece uma reserva de mercado", concluiu o secretário-executivo da Abracom.
Janaina Cortez
Jornalista
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008
A farsa dos cases e das premiações
Wilson da Costa Bueno*
Uma cultura egocêntrica como a brasileira costuma cultivar alguns hábitos (ou vícios) que incomodam. Um deles é a multiplicação de cases "vencedores" e de premiações na área de comunicação ou propaganda/ marketing, legitimados por um mercado que insiste em fechar os olhos para a realidade e bate palmas para qualquer coisa. No fundo, falta mesmo uma perspectiva crítica por parte daqueles que patrocinam determinadas hipocrisias ou então (não há como negar) esses processos não passam de estratégias para ganhar dinheiro e prestígio fácil.
Publicações promovem prêmios para arrebanhar anúncios das empresas premiadas, explorando o ego avantajado de executivos que adoram troféus e certificados, muitos deles sem valor algum (todo mundo tem). Provavelmente estas empresas e chefias já se deram conta de que os empresários e clientes (e mesmo a sociedade) podem ser iludidos facilmente e "quadrinhos coloridos" na parede de agências e empresas têm garantido contas e empregos por esse Brasil afora. Entidades distribuem prêmios sobretudo entre os seus diretores e a caravana continua passando sem que os cachorros ladrem.
Sem ser leviano com as generalizações (sempre há exceções, felizmente), é possível admitir que, na maioria dos casos, os vencedores não deveriam merecer mais do que batatas podres porque os processos de que resultam as premiações e os convites para apresentação de cases em publicações ou eventos da área são, muitas vezes, absolutamente viciados.
Os exemplos podem ser contados às dezenas, mas podemos citar apenas alguns deles como ilustração. A Escola de Comunicações e Artes da USP (que coisa feia, minha querida ECA!) chegou a premiar a Ambev, no ano do episódio lamentável do vira-casaca do Zeca Pagodinha (aquele entra e sai de cervejaria), com o prêmio de empresa do ano em Comunicação Corporativa, o que convenhamos se constituiu numa autêntica afronta à ética e à inteligência.
A Merck continua sendo convidada para falar do case "fantástico" da retirada do Vioxx do mercado, ao mesmo tempo em que fecha acordo de bilhões de dólares nos EUA com os consumidores vitimados pelo medicamento. Uma farsa fantástica de Relações Públicas porque nunca se falou tão mal de uma indústria farmacêutica (quem tiver interesse pode consultar o artigo já publicado sobre o caso Vioxx em http://www.jornalismocientifico.com.br/rev3artigoWilsonBuenoVioxx.htm), um triste episódio que chegou a respingar no setor como um todo e inclusive na poderosa e quase intocável FDA, organismo responsável pelo controle de medicamentos nos Estados Unidos.
Algumas agências/assessorias de empresas áreas, ao longo do tempo, têm proclamado o seu notável trabalho de gerenciamento de imagem durante as crises e os jurados que as contemplam (e as universidades que as convidam para relatar estes cases de sucesso para os futuros profissionais) não se dão sequer ao trabalho de contatar as famílias das vítimas. A verdade nem sempre está no relatório dos cases.
Empresas que degradam o meio ambiente buscam, agressivamente, conquistar prêmios de responsabilidade ambiental, criam a figura de embaixadores ambientais, fazem qualquer negócio para "tapar o sol com a peneira". A indústria farmacêutica insiste que investe pesado em pesquisa e desenvolvimento mas consome a maioria dos recursos em propaganda e marketing. Como diz o ditado: por fora; bela viola; por dentro pão bolorento.
Muitos colegas que se apressam em garantir os seus lugares em congressos ou seminários - certos de que tomarão contato com o "creme de la creme" da área - não se dão ao cuidado de observar, nos folders de divulgação, as empresas que patrocinam tais eventos. Se fossem mais críticos e vigilantes, iriam descobrir que, em muitas situações, os cases incluídos no programa têm menos a ver com o seu mérito do que com a relação comercial com os organizadores das reuniões. Agências e assessorias se empenham em garantir esse espaço (em muitos eventos quem não paga não fala mesmo!) porque, desta forma, aparecem para o mercado (e sobretudo para seus clientes) como vencedores, referências ou coisa equivalente. Santa hipocrisia do tipo "me engana que eu gosto".
Algumas medidas poderiam sanear essa área e aumentar a sua legitimidade. A primeira delas seria impedir de vez que, nas premiações concedidas por entidades, os seus diretores e suas empresas concorressem. Não é por mera coincidência que, em muitas oportunidades, são eles que conquistam os prêmios maiores. A segunda medida seria criar condições para que os jurados (alguns convidados para esta tarefa têm estreita relação com os concorrentes) não ficassem reféns dos relatórios perfumados, refinados, luxuosos (e mentirosos) e que pudessem investigar se o relato é realmente fiel ou apenas uma peça de propaganda (má propaganda, é lógico, porque manipula os dados). Muitos relatórios de cases se respaldam em dados falsos e obedecem à lógica de adaptar o alvo ao tiro.
A terceira delas seria desmascarar as "picaretagens explícitas" relevando os vínculos entre as premiações e as apresentações/publicações de cases e interesses pessoais, políticos, comerciais etc. As premiações e os cases não deveriam ser comprados, mas conquistados de verdade pelos méritos dos vencedores, o que, infelizmente, não é o que acontece na maioria dos casos.
Este é um assunto delicado para se comentar porque, ao que parece, muita gente está envolvida nesse processo que movimenta grana, "tráfico" de influência e cinismo empresarial, mas é preciso imediatamente um banho ético no mercado que adere acriticamente a estas hipocrisias empresariais.
Do jeito que a coisa vai, algumas premiações e cases ainda irão nos surpreender em breve. Talvez o McDonald´s e o Burger Kins ganhem o título de "empresa que estimula o consumo consciente", a Souza Cruz e a Philip Morris (a cruz e o morris nos nomes destas empresas serão mera coincidência?) de "companheiras da saúde", a indústria de agrotóxicos de "sustentabilidade ambiental" , a Philips de "a empresa mais admirada no Piauí" e a Cataguazes de "excelência na construção de barragens". Sem falar nos prêmios de pontualidade e de respeito ao consumidor das empresas aéreas, dos cases de excelência em qualidade das montadoras (um recall por semana) , de governança corporativa da Siemens, HP, Volkswagen, Parmalat etc, de relações governamentais da Mendes Júnior e de "amigos dos indígenas" relatados pela Vale e pela Aracruz . Algumas cooperativas e empresas do setor leiteiro podem também reivindicar o prêmio de "amigas das crianças".
Aprendemos há muito tempo que "elogio em boca própria é vitupério", mas algumas estratégias corporativas e inúmeros discursos grandiloquentes são calibrados para mentir. Pouco valem os "quadrinhos nas paredes" quando há muitos esqueletos escondidos nos armários e muita sujeira debaixo do tapete. É mais fácil maquiar o rosto do que limpar a alma. Há certos tipos de trabalho que nem as melhores agências e assessorias conseguirão fazer.
A gente viu , no último Campeonato Brasileiro, que não adianta apenas um ótimo goleiro para salvar uma nação inteira da tragédia. Como o Timão (que desceu sobretudo pela incompetência de sua gestão), algumas empresas bem que mereciam ser rebaixadas. Eticamente, deveriam freqüentar a segunda divisão. Na prática, sua imagem e reputação estão há muito tempo na série B.
* Wilson da Costa Bueno é jornalista, professor do programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UMESP e de Jornalismo da ECA/USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa.
Janaina Cortez
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Pesquisa mostra que 74,3% da população brasileira defende o diploma para o jornalista
A pesquisa de opinião nacional CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, 22, em Brasília, pela Confederação Nacional do Transporte - CNT, registra que a grande maioria da população brasileira é a favor da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. Dos dois mil entrevistados em todo Brasil, 74,3% se disseram a favor do diploma, 13,9% contra e 11,7% não souberam ou não responderam.
Os dados foram muito comemorados pela Federação Nacional dos Jornalistas - Fenaj - e pelos sindicatos de jornalistas. Para o presidente da Fenaj, Sergio Murillo de Andrade, este é melhor apoio que a campanha poderia obter e o resultado da pesquisa renova as forças dos que estão lutando pela regulamentação profissional. "Esses números da pesquisa CNT/Sensus mostram que a população brasileira tem a real dimensão da importância do Jornalismo para o País e que quer receber informações de qualidade, apuradas por jornalistas formados".Murillo afirmou, também, que esses dados ficam ainda mais importantes com a proximidade da votação da exigência do diploma pelo STF e espera que ministros percebam o desejo da sociedade.
"O STF tem a chance de mostrar à população que anda junto com seus anseios, reconhecendo que Jornalismo precisa ser feito por profissionais com formação teórica, técnica e ética e que o Jornalismo independente e plural é condição indispensável para a verdadeira democracia".
A Pesquisa CNT/Sensus quis saber, também, o que a população acha da criação do Conselho Federal dos Jornalistas. Para a pergunta 'o sr. (a) acha que deveria ou não deveria ser criado um Conselho Federal dos Jornalistas, para a regulamentação do exercício da profissão no País - como as OABs para os advogados e os CREAs para os engenheiros?', o resultado foi que 74,8 % acham que o Conselho deveria ser criado, 8,3% que não deveria ser criado, para 6,5% depende e 10,4% não sabem ou não responderam.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas/RS
Janaina Cortez
Jornalista
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sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Movimento em defesa do Diploma mostra força em todo o país
A luta dos jornalistas e da sociedade brasileira em defesa do exercício do jornalismo com qualidade e ética prossegue forte em todo o país. O movimento pela rejeição do Recurso Extraordinário (RE 511961) teve a maior parte das atividades realizadas nesta quarta-feira, mas diversas outras estão previstas para ocorrerem até sexta-feira (17/08). Veja a seguir, um balanço das mobilizações nos dois últimos dias.
Jornalistas, professores e estudantes gaúchos realizaram uma passeata na tarde desta quarta-feira, 13 de agosto, em Porto Alegre. Os manifestantes se concentraram na Praça da Matriz a partir das 13h30. Depois, portando faixas e cartazes, acompanhados de um carro de som, caminharam até a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Lá foram recebidos pela juíza Sílvia Maria Gonçalves Goraieb, presidente do órgão, que prometeu ser porta-voz das reivindicações da FENAJ e dos sindicatos, no encontro que terá com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, no dia 25 de agosto, em Brasília.
No dia 12/08, dezessete deputados estaduais mineiros aderiram ao abaixo-assinado de apoio à formação profissional. O deputado Almir Paraca, líder do PT na Assembléia de Minas, falou a favor do diploma em Plenário (com transmissão ao vivo pela TV Assembléia para aproximadamente 300 municípios mineiros) e leu o manifesto à nação formulado pela FENAJ e divulgado em jornais como o Estado de Minas.
Em Pernambuco, manifestantes em defesa do diploma fizeram, nesta quarta-feira, ato público e coleta de assinaturas ao abaixo-assinado do movimento das 10h às 17h, em frente ao prédio do Tribunal Regional Federal (TRF-5º). O jornal Diário de Pernambuco, integrante do Sistema Diários Associados, publicou o manifesto dos jornalistas brasileiros.
Em Santa Catarina, houve manifestações nesta quarta-feira em 10 cidades. Para esta quinta-feira (14/08) está programada manifestação e debate, às 19h, no curso de Jornalismo do Ielusc, em Joinville.
Em Campinas, dirigentes do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo realizaram debate com professores e alunos do Curso de Jornalismo das Faculdades Holyer, de Hortolândia/SP, nesta quarta-feira.
No Amapá houve, nos dias 11 e 12, visitas a instituições públicas em busca de adesões ao abaixo-assinado do movimento. E nesta quarta-feira foram realizados contatos, palestras e coleta de assinaturas com acadêmicos dos cursos de Comunicação Social, de Macapá. Para quinta-feira, estão agendadas mobilizações nas redações dos principais jornais, TVs e rádios da capital.
A Boca Maldita, no centro de Curitiba, foi espaço privilegiado para a manifestação em defesa da manutenção da obrigatoriedade de formação superior para o exercício da profissão nesta quarta-feira. Ativistas distribuíram materiais da campanha e coletaram assinaturas ao abaixo-assinado do movimento.
Em Fortaleza houve ato na Praça da Imprensa com materiais de divulgação da campanha, carro de som, e distribuição de panfletos informativos, além de coleta de assinaturas em defesa do diploma.
Em Maceió houve atividades na Universidade Federal de Alagoas nesta quarta-feira. Já em Vitória o movimento se fez presente no 4º Encontro Sustentável 2008.
Fonte: FENAJ
Janaina Cortez
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sexta-feira, 23 de maio de 2008
Jovens temem o Jornalismo Investigativo
O jornalismo investigativo é considerado muito perigoso pelos jovens jornalistas. Por esse motivo, eles têm preferido outros campos de atuação. Essa foi a conclusão de painel sobre o tema que ocorreu em março em Brasília, durante a reunião de meio de ano da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP).
As universidades teriam papel fundamental na formação de novos jornalistas investigativos, promovendo-lhes capacitação mais adequada. Além disso, uma legislação que apóie e defenda os repórteres investigativos incentivaria o trabalho de novos jornalistas.
Uma das propostas apresentadas foi a de criação de um instituto interamericano de jornalismo investigativo. Tal entidade promoveria capacitação adequada a partir do contexto jornalístico de cada país. Jornalistas seriam treinados nas próprias salas de redação, por meio de assessoria do instituto no local de trabalho. Também caberia à instituição apoiar juridicamente todos os países membros, afim de garantir a liberdade em divulgar as informações apuradas.
Janaina Cortez
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segunda-feira, 12 de maio de 2008
Você tem orgulho de ser jornalista?
Com tantos problemas, a profissão de jornalista pode ser até considerada um dom: não é qualquer um que agüenta a jornada de plantões e de longas horas de trabalho. Isso somada a baixa remuneração e o mercado de trabalho cada vez mais escasso. Então, vem a pergunta. Afinal, o jornalista tem orgulho da profissão?
Para responder a esta pergunta o Comunique-se realizou uma enquete com seus usuários contendo três perguntas: Você tem orgulho de ser jornalista? Você se sente realizado com a profissão? Você se arrepende de ter escolhido o jornalismo?
O resultado expôs o lado “mais romântico” do jornalista brasileiro: 58,91% dos profissionais têm, sim, orgulho da profissão. Menos de um terço do total, 27,43% tem algum orgulho, 8,64% têm pouco orgulho e apenas 4,99% não tem nenhum orgulho de ser jornalista.
“O resultado reflete as péssimas condições de trabalho, a existência de poucos jornais, e outros meios de comunicação. A última vez que tive acesso a esse tipo de estatística (e este quadro não deve ter mudado muito) havia uma proporção de quatro candidatos para um emprego. O que um jovem formado pode pensar a respeito da profissão diante de um quadro melancólico como esse?”
No entanto, apesar de mais da maioria dos votantes atestar que tem orgulho de ser jornalista, 51,93% dos entrevistados não se sentem realizado com a profissão. Os que se sentem plenamente realizados somaram 31,38% dos votos. “Eu poderia ser melhor remunerado, mas isso não tem a ver com realização. Eu sinto que, com o jornalismo que faço, contribuo de alguma forma com o mundo. Isso é muito bom!”, diz Magela Lima, repórter do Diário do Nordeste. Quase 6% dos usuários do portal Comunique-se responderam que é impossível se sentir realizado nesta profissão.
A boa surpresa para o jornalismo brasileiro descoberta pela enquete é que, apesar de todos os pesares, 77,46% dos pesquisados não se arrepende de ter optado pelo jornalismo como profissão. É o caso de Fernanda Cunha, que foi coordenadora do site Brasil com Alckmin durante as eleições. “Quando penso no salário, na dificuldade de conseguir um trabalho legal, no dia-a-dia corrido, não ter horário, feriado ou fim de semana, aí me arrependo. Mas, quando penso no que o jornalismo me proporciona, acho que fiz a escolha certa. Embora às vezes eu entre em crise, não consigo me ver sendo outra coisa”, afirma.
Menos de 10% dos entrevistados se arrependem de ter escolhido jornalistas. Destes, 5% responderam que vão procurar outra faculdade.
Janaina Cortez
e-mail: janainacortez@gmail.com
msn: janainacortez@hotmail.com
domingo, 4 de maio de 2008
Essa tal Liberdade
No dia 3 de Maio comemoramos o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, mas será que nós jornalistas somos realmente livres?
Esse dia também é usado para recordar os milhares de jornalistas que perderam a vida em missão, em busca de informação, em busca da verdade.
Dois períodos históricos vieram-me à mente quando sentei para pensar um pouco sobre esta data e o que ela representa atualmente. O primeiro é mais remoto. Trata-se do Século das Luzes (século XVIII), na Europa e EUA.
O segundo é mais próximo, tanto no tempo, quanto no espaço. Falo das ditaduras militares da segunda metade do século XX, no Brasil.
O efeito mais direto dos iluministas foi a inversão da ordem social estabelecida com os princípios herdados da era Medieval. Mas, um outro efeito, mais profundo e imperceptível se processava nos porões do pensamento. Uma transformação radical alterava a posição que o ser humano ocupava dentro da natureza e da sociedade, foram instituídos os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos.
“Posso discordar do que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo.” Esta frase, de Voltaire, ilustra um grande anseio de liberdade de pensamento e de comunicação.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos é fruto do Século das Luzes. Reza o artigo 19 desse documento: “Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e idéias por qualquer meio de expressão.”
Bem, quase dois séculos depois, na América Latina, “o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões” virou uma grande utopia.
A informações era violentamente censuradas pelo regime, por meio de torturas físicas e psicológicas, exílios, assassinatos e atentados, ou mesmo a cassação dos direitos políticos de centenas de jornalistas.
O caso mais expressivo talvez tenha sido o do jornalista Vladimir Herzog, enforcado em sua cela na sede do comando do II Exército, em São Paulo, no dia 25 de Outubro de 1975.
Enquanto as classes médias da sociedade brasileira assistiam extasiadas, pela TV em cores, ao jogo da final Brasil 4 X 1 Itália, da copa de 1970, no México, nos calabouços do regime existiam homens sendo mortos friamente.
Após o movimento das “Diretas Já” (1984), reinicia-se um processo de redemocratização política no Brasil. A partir de então, novos ares começaram a pairar sobre os meios de comunicação.
Mas, calma. As coisas não melhoraram da noite para o dia; e nem estão completamente sanadas. Acredito que produzir memória (crítica ou narrativa) é uma ação de responsabilidade social.
A “Liberdade de Imprensa” que, desejo é uma construção cotidiana interminável e incansável. Acredito que a liberdade de imprensa é indissociável de responsabilidade social.
Eu, Jornalista do Blog Assessorando, faço meu trabalho por que acredito (por mais difícil que seja) na possibilidade de construirmos um espaço de convivência social mais justo, menos violento, mais fraterno e mais igualitário.
O espaço que reservo para os leitores fazerem seus comentários é um lugar democrático, no qual deposito o desejo de ver debates que contribuam para a consolidação do regime democrático em nossa sociedade.
O jornalista não pode se limitar a informar sobre as mudanças ocorridas, mas deve ser também, ele próprio, um agente de mudança.
Parabéns pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa!
Janaina Cortez
e-mail: janainacortez@gmail.com
msn: janainacortez@hotmail.com