O Jornalismo Empresarial abrange um amplo elenco de atividades desenvolvidas em empresas e entidades com vistas à divulgação de seus fatos e realizações. Na prática, ele compreende não apenas as ações de relacionameno com a mídia, mas a elaboração de veículos jornalísticos para comunicação com determinados públicos e com a sociedade em geral.
Essa área da comunicação, mais precisamente do jornalismo, vem pouco a pouco, se profissionalizando, assumindo também novos contornos. Recentemente, incorporou à sua perspectiva essencialmente institucional, praticada nos anos 70, 80 e até a metade da década de 90, uma visão negocial ou mercadológica, ou seja tem estado mais focado no " business", o que lhe confere maior importância estratégica.
O jornalista empresarial passou de mero executor de tarefas (redator de house organs, produtor de releases etc) a executivo da informação, respondendo pela leitura do macroambiente, pela planejamento e avaliação de oportunidades de divulgação e, felizmente, muitas empresas já não encaram como ócio a atividade regular, exercida pelo jornalista, de leitura cotidiana e criteriosa dos meios de comunicação.
O jornalismo empresarial tem recrutado excelentes profissionais na mídia convencional (pode-se citar sempre os casos do jornalista Miguel Jorge que, ao deixar a Volkswagen, onde fez escola como executivo competente, para comandar a comunicação em uma empresa do sistema financeiro, virou pauta da imprensa, assim como o do jornalista Walter Nori, que marcou época como executivo da Rhodia - " abrindo as portas da empresa" -e continua atuante no meio).
Hoje, o jornalismo empresarial se efetiva, também, nas associações de classe ou nas entidades patronais (FIESP, CNI etc), mas também nas empresas do chamado Terceiro Setor (esta competência pode ser vista, por exemplo, no Instituto Ethos ou na Rits - Rede de Informações para o Terceiro Setor ) e é responsável pelo incremento da circulação das informações na sociedade.
Felizmente, superamos o momento triste da ditatura, em que as empresas e entidades, premidas pela censura e mais ainda pela auto-censura, limitavam-se, quando muito, a emitir comunidados oficiais. O jornalismo empresarial concorreu para esta abertura e passou a ser uma exigência num mercado competitivo em que a transparência é um atributo indispensável.
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